quinta-feira, outubro 26, 2006

Ahistória da liberdade latino-americana.

Como se pudesse se refugiar no colo daquela que um dia guardou a si pra um mundo inesgotado de desejos fez-se acreditar naquilo que nunca poderia desvendar. Mas, de fato, se reprimir seria uma desavença a agonia que acarretava aquela nostálgica azia, gastrite de caluniar a vida com um sentimento próspero otimista. E assim, carregando o fardo umbilical sentimentalista recalcava o pessimismo para desta forma socorrer aqueles que cercavam de voluntariosas forças que enchiam o peito, que enchiam o busto e fazia o coração disparar de cansaço aquele sorriso amarelado simplesmente porque o descaso lhe tornaria a vida insuportável.

Aquele velho que sustenta hierarquicamente o laço sanguíneo já não tem mais, ao menos, a memória pra conservar o respeito aos seus descendentes, já não mais lembra o nome de seu predecessor pois está perdido em uma árvore genealógica temporal que zomba de suas ostentações presentes. Este devir humilha a suposta pretensão em perpetuar a gênese tradicional. A sua identidade resume-se a ser amedrontizado pelos latidos dos cães que protege a sua casa, e a lastimável ofensa que eles preservam em vida a seu infortúnio "Há de alimentar essas criaturas..." "Há de limpar a merda que eles lançam em meu jardim...".

Ao olhar simpático de suas inquietudes remete-se a figura sórdida de uma estrutura que em desdém faz-se por possível torná-lo menos insignificante, torná-los menos insignificantes a uma suposta desavença com aqueles que lhe bofeteiam de remédios contra diabetes, osteoporose, e diversas outras doenças que estende a sua agonia. Um humanismo que certamente proporciona ao mesmo olhar simpático o medo de morrer, o medo de ser socorrido pelo afago ingênuo e niilista. Como é possível suportar tanta dor? Talvez seja a dor que assim o libertará para a morte. Como já o libertou em diversas outras ocasiões quando sangrou ao dar parto aos filhos, quando sangrou ao ver a morte deitar em sua cama. Essa é a sorte cíclica que proporciona o feto que nasce na barriga daqueles que desejam tanto a vida.

O anseio pela veracidade de fatos consome aqueles que negam que a realidade esta atrelada a proposição subjetiva, institui o fardo de nutrir-se com especulações mentirosas da historia simplesmente para acarretar significantes em que possa acreditar. Este ser está descentralizado, jogado a sarjeta, jogado a murmúrios de sua solidão, pois um dia acreditou que existiam ligações entre os seres que amou. Pois não há. Nunca existiram ligações afetivas que concordassem com suas memórias, estava em um emaranhamento de cores de um brinquedo que nunca conseguiu acertar as formas certas; o Cubo Mágico. Nós latino-americanos não precisamos de emaranhamento de cores para tencionar a vida, não temos tempo para tanto. Nunca houve tempo.

quarta-feira, outubro 25, 2006

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