quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Método jornalístico de entrevista,* Ping-Pong.

* por motivos desconhecidos, talvez por pura convenção ou por um motivo artístico qualquer, essa vírgula ainda figura aí como se estivesse a indicar um vocativo.

- Atendendo a inúmeros pedidos, resolvemos publicar a inédita entrevista com o novo colaborador do Blog, ainda sob a práxis ping-pongneana, mas desta vez dentro da óptica do “caô” kantiano, uma forma evoluconária de afetar as nuanças nas entrelinhas do discurso.
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O leitor: Por que ler o Blog Frotteurismo, já que a atual conjuntura econômico-filológia nacional não dá vazão ao encalque maniqueísta?

Bacondê Zungu: Respeitando as idiossincrasias e cacoetes, e não deixando de relevar o pragmatismo gurugumba, fí-lo porque quí-lo, na medida em que a ação não interfere na discução telológica dos percalços ascéticos. É como disse E. Pound numa certa ocasião: “tutto bellissimo, ma non ‘fonctiona”; e nem por isso a estética pós-vanguardista deixou de ser tema chave em discussões acadêmicas. Ler o Frotteurismo é subssumir, além das desventuras ao pélago da alma na perspectiva solene da imanência secular, a expressiva fonte de concupiscência Abidoraliana num tempo-espaço divergente do kitche ordinário de outros blogs. É uma experiência não só por demais estática e extática, mas também malas-artes.

O leitor: Ultimamente tem-se veiculado amiúde, principamente na mídia virtual, a relação entre o despertar da Nova Era de Aquário e as tendêcias tectônicas de sinapses reticentes na configuração do olhar semiótico. De que opinão é o senhor?

B.Z.: Prefiro me abster dessa discussão.

O leitor: E por que o senhor prefere abster-se dessa discussão?

B.Z.: Há muitas controvérsias. Recém-descobertos achados psicográficos de Chico Xavier revelaram ambiguidades na conduta argumentativa de “Assim Falou Zaratustra”, apontadas por seu próprio autor. Isso deve alterar substancialmente o encaminhamento das discussões...

O leitor: Qual a origem do Bacondê Zungu?

B.Z.: É evidente: Zungu é sobrenome paterno; Bacondê, materno.

O leitor: Infelizmente já terminaram as perguntas. O senhor é sempre tão arguto e preciso?

B.Z.: Não. Depende da desconversa, se é tíbia ou perniciosa...