terça-feira, setembro 05, 2006

Método jornalístico de entrevista, Ping-Pong.

A internet modificou o semblante existencial dos homens atualmente, criou um simulacro de realidade onde a abstração ficcional transmite através de dados pessoas incapazes de obter uma promulgação das relações reais entre indivíduos. Esta entrevista concedida a partir de um meio de figuração demonstra o sorriso sarcástico decadente do entrevistado, ele esta alegremente falando de si ora franzindo a testa buscando responder algo que perpasse uma compreensão, ora respondendo macabramente que sua vida se reduz as repetições das sombras da árvore de Jamelão da casa de sua vó.

Leitor - O que este blog tem haver com o eterno retorno das sombras deste pé de Jamelão?

T.E. - Não sei ao certo responder o porquê desta relação intrínseca da árvore e blog. Mas talvez seja pela cadeia de rede que existe biologicamente para a compreensão, veja bem, a fotossíntese das plantas remetem sempre a necessidade de sua quantidade de água e oxigênio, é de fato, uma necessidade real vital ao organismo proposto. Mas, é angustiante pensar, ou pelo menos penso eu, que sua vida esteja disposta, selada ao lugar específico em que sua raiz esta plantada. Quando pequeno, pensava se não havia possibilidade de locomoção desta árvore, assim, podendo ser livre para sobreviver através de sua busca interna. Achava incrivelmente estranho a necessidade de me locomover até ela para dar existência a esta árvore, porque ela não pode vir até eu? Claro que sei hoje a inviabilidade biológica disto.

Leitor - Mas e a relação existente a partir das sombras?

T.E. - As sombras são o complexo temporal proposto. A brisa que ali passava demonstra a necessidade de se esconder do sol, deste clima de mediterrâneo de frentes frias do sul, assim naquele veraneio as sombras são o refugio perfeito.

Leitor - Então... O tempo em que se refere às sombras e a raiz desta árvore propõe aos blogs sua fixação numa estrutura de estar presos a um local especifico, dado ao seu enraizamento em seu contexto ficcional e o tempo que transmite a informação?

T.E. - O tempo interno para ser mais claro, caro leitor. Este tempo de se situar num espaço onde convergem elementos ficcionais. As pessoas dentro desta máquina são números, são uma partícula temporal onde a existência se reduz a uma interatividade a partir da intenção da máquina. Logo, só existem relações se existir na máquina o código contextual que abrigará o meio, a intenção.

Leitor - Mas se os códigos são ficcionais, esta intenção seria válida?

T.E. - Nunca mais comi Jamelão. É uma fruta realmente muito estranha, não consigo decifrar o gosto desta fruta. Na verdade, ultimamente não tenho decifrado particularmente quase nada. Não consigo rever o tempo além de uma compreensão musical do compasso de quatro por quatro, talvez seja uma limitação óbvia de nossa realidade. Talvez seja por isso que minha lembrança esteja se apagando num complexo de não aceitação da lembrança de um campo harmônico que talvez seja silencioso, com contrapontos dissonanticos. Estou com saudades de tocar, quase não escuto música mais.

Leitor - Isto o incomoda na relação que tem com a escrita?

T.E. - A escrita é mera divagação como a música também é. Na verdade, a música torna-se real a partir da lembrança de sua composição delimitada ao grupo, nas pessoas que a fazem construir, esta talvez seja a saudade de compor, no mais, as músicas são iguais a todas com notas, campos harmônicos, dissonância, atonalidade, tempo e etc.

Leitor - Obrigado pela entrevista, foi muito esclarecedora. Outros leitores estarão aqui para entrevistarem os outros componentes do blog.

T.E. - Obrigado a você, leitor. É muito importante que haja essa interação de conteúdos para o engrandecimento do mesmo. É com pessoas como você que nós do blog temos nos empenhado a escrever.

5 comentários:

Anônimo disse...

não sei bem, mas alguém que se esconde por trás de um pseudônimo como "tresvarios escrotos" a priori não confere a um indivíduo o grau de sanidade que deveria haver em nossa sociedade cristã.Seus textos vinham confirmando isso e essa contudente entrevista apresenta alguém lunático, maluco, pirado, louco,agnóstico...enfim!

Anônimo disse...

Creio eu que a loucura do Tresvarios Ecrotos resume muito bem a questão que esta ligada ao problema criado por ele. De maneira que este trabalho jornalistico de analisar através de entrevistas pelo Metodo Jornalistico Ping-Pong é simplesmente sensacional. Acredito eu que sua sanidade para a sociedade não trasmite a irrealidade de suas opiniões Caio Jr, então vc esta redundamente enganado.

Anônimo disse...

boa entrevista!! é isso o que fazem de pessoas como Tresvarios Ecrotos um possivel nome para a ala intelectual brasileira!! os intelectuais nacionais sao assim: loucos, intrisecos, multifacetados!!
que o digam o texto desse rapaz!!

Anônimo disse...

Uma sapiência incomum!! Anotem esse nome, pois esse rapaz fará história: Tresvários Escotros.

Anônimo disse...

O que falar de tresvarios escrotos? Ele é o tipo da personalidade que se expressa de forma natural e atrativa! Sabedoria, elegância, perspicácia, tudo na dose certa! tresvarios escrotos, eis aqui uma leitora e fã de seu trabalho! Concordo com a leitora mais acima, o "velho safado" pode está perdendo a vez pra este que agora chega...E olha que eu acho que este é movido a leite e não necessariamente a álcool...Parabéns!