terça-feira, novembro 14, 2006

Frotteurismo?!

Depois de muito tempo lembrei que não havia descrito a essência do signo frotteurismo, talvez não houvesse escrito pois saberia que suscitasse de uma sintomatologia grotesca, escarrante, de um pigarro que cospe sangue em sua tosse. De certo que não, nada faz delirar tanto que uma libertinagem pueril, até quase que incompreensível em sua promulgação da verbalização de um outro signo tão quanto importante ao signo frotteurismo; o arrochar - este seria tão similar que impossibilitaria uma não-definição do signo frotteurismo, mas convenhamos, queria eu que associações nada convencionais se denotassem assim.

Ultimamente tenho percebido que o arrochar é temido, principalmente, porque além das leis dos bons modos, temos espaços definidos para subjugar as diferenças, que nem são tão assim diferenças. O arrochar é caótico, pois lida com uma libertinagem pueril que invalida a defesa dos bons costumes, de uma moralidade das diferenças, de maneira que, ele comporta, e/ou transporta, uma animalidade que subverte qualquer sociabilidade a priori através do instinto. Pois bem, o arrochar é bem visto pelas pessoas mas, de certa forma, compreendem que para a razão o corpo nu deve ser coberto por peles que sustentem as adversidades dadas as próprias sociabilizações. Pior, o arrochar é desejado só que reprimido. Contudo, não elevo o arrochar a uma causalidade efetiva, o arrochar compreende no despertar libidinoso de uma gatinha manhosa, de uma Marisol Ribeiro de uma revista, ou os beijos inocentes de uma amiga vizinha.

Arrochar é ação. Não interpreto o arrochar como uma cultura bestializada pelos letrados acadêmicos, arrochar nada mais é que ação. Não é música, não é uma escrita, nem mesmo uma moralidade pervertida. Além do mais, o arrochar é a beleza de uma obsessão, é tal como o arrochar de Chopin no piano, o arrochar de Fellini na imagem, arrochar para o próprio criador não esta na obra, mas sim na ação. Em Caçarola, é onde o arrocha criado toma forma a partir da interpretação da obra, em seu ato incessante.

Segundo a psiquiatria; "O foco parafílico do Frotteurismo envolve tocar e esfregar-se em uma pessoa sem seu consentimento. O comportamento geralmente ocorre em locais com grande concentração de pessoas, dos quais o indivíduo pode escapar mais facilmente de uma detenção (por ex., calçadas movimentadas ou veículos de transporte coletivo). Ele esfrega seus genitais contra as coxas e nádegas ou acaricia com as mãos a genitália ou os seios da vítima. Ao fazê-lo, o indivíduo geralmente fantasia um relacionamento exclusivo e carinhos com a vítima. Entretanto, ele reconhece que, para evitar um possível processo legal, deve escapar à detecção após tocar sua vítima. Geralmente, a parafilia inicia na adolescência. A maior parte dos atos deste transtorno ocorre quando a pessoa está entre os 15 e os 25 anos de idade, após o que se observa um declínio gradual em sua freqüência." Para falar a verdade, a psiquiatria é este proprio foco parafílico que rumina em sua ascensão em virtude de uma ferramenta na indiferenciação. Frotteurismo está acima das relações de um transporte coletivo, isto é típico de um pseudo-intelectual que não sabe o que é o transporte coletivo em paises como o Brasil. Espera um momento, não estou afirmando a patologia criada, de fato que no Brasil a putaria é sinonímico da sua diferenciação ao racionalismo tipicamente ocidental. Ora, o povo indígena andava com suas vergonhas saradinhas a fora antes da chegada do ocidente.

Se bem que, adicionando um elemento figurativo a questão convém relevar a importância que o frotteurismo tem em nada mais que demonstrar a sua verdadeira pele, suas vergonhas, seus medos, suas virtudes, seus desejos. Por quê? Creio eu que esta questão sempre retorna ao mesmo, o homem em sua própria natureza sensitiva. Logo, a máxima "Toma... Lapada na rachada eu quero ver você tomar" não pode ser compreendida de forma que suscite a uma castração, como o filosofo Frota também expõe; "Fode porra. Fode caralho".

2 comentários:

tresvarios escrotos disse...

Estamos a sentir falta da autenticidade de jacinto peçanha neste blog... Sinto que suas aventuras na Terra de Cacique Serigy retomou sua vontade de parafrasear o bonança de sua legitimidade com o o verdadeiro pulo do gato, especie de sete vidas de malaquiagem.

Anônimo disse...

intrinseco, multifacetar....sem palavras